Priorize-se


Nem tudo o que é importante é prioritário, e nem tudo o que é necessário é indispensável!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Viver bem implica em trabalhar bem.

O professor Armando Ribeiro das Neves Neto, Psicólogo e consultor em Gestão do Estresse, coordena o Programa de Avaliação do Estresse do CHECK-UP do Hospital São José -Beneficência Portuguesa de SP. Ele dedica-se aos fatores relacionados ao estresse, mas principalmente aos meios que possibilitem uma melhor qualidade de vida. Eis algumas dicas do prof. Armando relacionadas com atividade laboral,estresse e qualidade de vida:


Três fatores são apontados como os mais influentes na causa do estresse no trabalho. Conhecendo melhor esses fatores, podemos criar um ambiente de trabalho menos estressante e mais produtivo.

Fator 1: Sobrecarga de trabalho.
Considerado o inimigo no. 1 dos tempos modernos, o acúmulo de trabalho é como um vírus disseminado em nossas empresas. A cultura do “faz tudo” ou do “quebra-galho” para cortar gastos, leva cada vez mais pessoas aos níveis de estresse tóxico, aumentando o risco de doenças físicas e emocionais ligadas ao estresse. O pior é que ainda existem pessoas que se vangloriam das agendas cheias e da falta de tempo para a família e filhos.


Fator 2: Falta de feedback.
Em um mundo cada vez mais conectado, com possibilidades de comunicação nunca antes imaginadas, as pessoas reclamam da falta de feedback, ou pelo menos, do feedback positivo. O bom trabalho é muitas vezes visto como apenas uma obrigação, enquanto o erro é punido, servindo de motivo para perseguição ou até mesmo de assédio moral. Muitos trabalhadores passam o ano todo esperando pela famosa “avaliação de desempenho”, que para alguns já virou sessão de tortura.


Fator 3: Estresse interpessoal.
Já é comum ouvir algumas pessoas afirmarem que o maior problema das escolas são os alunos, das empresas os trabalhadores e da nação a própria população. Nada aborrece mais do que gente que é diferente da gente! O estresse interpessoal pode começar de uma brincadeira de mau gosto, de um mal entendido ou da própria cabeça da gente. Lidar com gente é fogo, por isso devemos encarar o estresse interpessoal com muito cuidado e seriedade, pois do contrário poderá arruinar desde à saúde pessoal e a empresa como um todo.
Mais textos do professor Armando no website www.armandoribeiro.com e Blog: www.armandoribeiro.blogspot.com

quarta-feira, 22 de abril de 2009

A aprendizagem tem o poder de transformar pessoas felizes e inteligentes ?

Sugiro uma reflexão sobre o processo de aprendizagem e como a Psicologia pode contribuir para responder a alguns questionamentos pertinentes a situação em que se encontra nossa atual civilização e como acompanhar as exigências de nossa evolução, projetando-a para a educação e qualificação dos recursos humanos do futuro. Algumas indagações suscitam entre nós a todo momento: Por que tanta dificuldade do nosso sistema educacional em atender crianças com “ritmos” diferentes de aprendizagem? Por que alguns brasileiros lêem mas não compreendem o que leram? Por que professores não podem tratar seus alunos como computadores que são alimentados com informações que devem ser automaticamente armazenadas e acessadas sempre que lhes for solicitado? Procurei respostas em alguns autores consagrados em nossa área, e como as informações são tantas, a ponto de serem perturbadoras; adivinhem? Resolvi começar...do começo...
Jean Piaget (1896-1980) fundamentou sua Obra através da interação do sujeito e do meio (S - M) . Auto denominou-se o Psicólogo da Inteligência e tomou por base reflexões inspiradas em suas pesquisas em biologia para sua tese de doutorado. Tratava-se de um estudo para descobrir por que uma espécie de moluscos apresentava duas formas diferentes.Através deste estudo ele concluiu que a adaptação exprime a vida, ela própria interagindo ativa e permanentemente entre sujeito e seu meio ambiente ao qual se adapta. A adaptação, enquanto processo, comportando a acomodação, contribui, então, para a autoconstrução do sujeito por autotransformações incessantes.Toda estrutura organizada, portanto, assimila em virtude de sistemas de significação anteriormente estabelecidos. Logo toda experiência que apresentar significado ao aprendiz será identificada e registrada, num processo contínuo baseado num desenvolvimento preexistente.
Assim recorre Piaget a um corpo teórico volumoso com ênfase no raciocínio e na abstração, reforçando, em síntese, a capacidade racional da inteligência.
Seguindo adiante, sem o intuito de obedecer uma ordem cronológica , veremos que G.Thomson (1939), dizia que a inteligência resulta de uma hierarquia e de mecanismos neuronais específicos. Para ele, a inteligência seria ,não um apanhado de capacidades, mas uma imensidão de conexões com estruturas inatas e ainda defendeu que tais estruturas são diferentes ,entre as pessoas, porque são devidas ao envolvimento, à educação e às experiências vivenciais. (Fonseca , 1998).
Nada há que seja extremamente bom ou extremamente mau, assim diz R.J.Sternberg (1985), o que interessa é o perfil e o papel dinâmico da inteligência ,mais do que um quociente ou uma pontuação que sempre tendem a ocultar os aspectos que interessam considerar.Ainda completa que, devido a sua complexidade, a eficácia do autogoverno mental, isto é, a inteligência , é produto de muitos componentes e só pode ser compreendida e avaliada a partir de múltiplas perspectivas.Esta analogia com um governo é utilizada de maneira didática pelo autor para fazer um comparativo entre as funções de um governo de um país e os meios que a inteligência nos fornece para governarmos a nós próprios, de tal modo que nossos pensamentos e ações se organizam de forma coerente e intencional, considerando tanto nossas necessidades internas como as do meio ambiente.
Numa visão revolucionária, H.Gardner (1985) , concebeu a inteligência em vários modos ou classes diferente, sugerindo que não há uma única inteligência , mas sim inteligências múltiplas e independentes. Ele define a inteligência como a habilidade para resolver problemas e para criar produtos que são válidos e úteis para um ou mais envolvimentos culturais.
Outra linha de pensamento, seria a de J.Bruner que considera a inteligência como resultado integrado de translações nos três sistemas de representação da realidade: ativa, iconográfica e simbólica; realidade conhecida a partir da ação, posteriormente da sua imagem vicária e, através de um processo simbólico como a linguagem.
Simplificando, para Bruner, a inteligência traduz a aquisição de processos de representação do desenvolvimento, que transcendem em termos imediatos colocando-se além da informação. Tais veículos de representação não só consubstanciam a natureza dos poderes intelectuais, como ilustram o crescimento da mente da criança, sendo este paradigma, no fundo, o fim a que se destina o processo educacional.
Conceituando aprendizagem
Assim poderíamos continuar expondo a abordagem de vários pioneiros da inteligência, porém até aqui nosso objetivo deverá ter sido atingido, sendo que com esta pequena exposição podemos tirar alguns paradigmas convergentes da inteligência e traçar um paralelo com a educação:
Valor genético --------------------- individualidade
Contexto sócio cultural ------------ mediatização
Variação energética ---------------- motivação
Perfil intra-individual ------------ diferenciação
Estádios evolutivos ---------------- construção
Processamento da informação -------- linguagem

A partir de todas estas informações podemos verificar alguns conceitos do que significa esta palavra tão utilizada e tão pouco compreendida.
Para Mora (2004):
Aprendzagem é o processo que um organismo realiza com a experiência e com a qual se modifica sua conduta. Está intimamente associada aos processos de memória. Admite modificações da plasticidade do cérebro, acreditando-se atualmente que estejam relacionadas com a atividade sináptica.
Outra definição de aprendizagem pode ser bem compreendida pela exposição feita por Fonseca (1998):
A aprendizagem é assim entendida como uma mudança de comportamento provocada pela experiência de outro e não meramente pele experiência própria e pratica em si, ou pela repetição ou associação automática de estímulos e respostas. Aprendemos como seres humanos e não como animais.
Assim, com base em todas estas informações , já percebemos que o processo dinâmico da aprendizagem, é parcialmente dependente de um contexto mutável e que se a redundância do fator indivíduo-individualidade não for considerado neste momento, todo o esforço para a evolução da espécie humana no que diz respeito a elaboração e aplicação do conhecimento estará comprometido.
A nossa evolução como espécie é um longo percurso de aprendizagem e adaptação, do ato ao pensamento e do gesto à palavra. Analisando o nível evolutivo a que chegamos, as megatendências da economia atual e a globalização da informação, podemos denominar-mos como uma sociedade cognitiva e concluir que esta estrada que trilhamos é de mão única, um caminho sem volta.
Da mais pura inteligência à inteligência artificial
Como nosso cérebro pode manejar com idéias e abstrações com tanta destreza a ponto de, com um rápido olhar, classificar a imagem de um animal peludo, com rabo curto, orelhas, pontudas e tantas outras características heterogêneas, como simplesmente um cão e assim repetir a operação com outros tipos diferentes deste mesmo animal?
Este é um processo que existe entre a percepção e a cognição chamado de classificação, isto é , determinar se o percebido pertence a este ou àquele grupo de coisas. A todo instante manejamos idéias, que quanto mais claras mais ágil será o processo de pensar sobre o que vemos e seu significado. Quando nos são apresentados conceitos que rompem a classificação aprendida anteriormente , nosso pensamento torna-se lento e trabalha com dificuldade, pois somos obrigados a evocar outra capacidade própria e aprimorada da nossa espécie que é a abstração.
Outra característica própria do nosso cérebro é a capacidade de predição, ou seja, a capacidade de predizer o resultado de acontecimentos futuros com base nos estímulos sensoriais que recebe. É, muito provavelmente, a função mais importante e mais comum de todas as funções globais do cérebro. A predição é a função suprema do cérebro , assinala Llinás (apud Mora, 2004).
Quando se trata de explicar o funcionamento do cérebro, é quase que inevitável a comparação com o computador. Realmente aparentemente o sistema obedece um processo muito parecido de entrada, elaboração, processamento e armazenamento de informações. No entanto, está muito distante desta comparação ser verdadeira e não deixa de ser uma medíocre especulação, porque por mais sofisticada que possa ser a máquina ainda lhe faltará muitos dos ingredientes que o cérebro humano possui.
Fundamental para nós, podemos considerar, são as emoções, os sentimento, as mudanças constantes de nossa estrutura íntima produzida pela aprendizagem e pela memória, e os processos de consciência em geral. Processar informações sem estes ingredientes seria o mesmo que dizer que o computador processa a informação que recebe, sem saber o que está processando em momento algum. (Mora, 2004)
Considerações finais
Estudar o mundo fantástico do conhecimento é sem dúvida uma das mais fascinantes viagens científicas que se pode fazer e o cérebro humano, de tão complexo e misterioso, revela-se para nós o mais profundo dos desconhecimentos que já tivemos. No entanto nos remetemos de volta as primeiras indagações a que fazíamos no início deste artigo a respeito do rumo que toma o processo de aprendizagem em nossas escolas, e sem a pretensão de dar respostas ou soluções definitivas, deixo aqui transcritas as palavras destes renomados autores, como uma provocação para que outros acadêmicos ou interessados no assunto possam também refletir e, quem sabe, produzir modificações significativas para nossa sociedade.
A aprendizagem é possível pela ação de um mediatizador que se interpõe entre os estímulos e o indivíduo para captar da mente do mediatizado as significações interiorizadas que advém da própria experiência de aprendizagem, para provocar nele estados de alerta, de processamento, de planificação e de transcendência, mudanças e arranjos de informação autônomos, modulando o tempo, o espaço e a intensidade dos estímulos, humanizando-os e conferindo-lhes significação, como instrumentos psicológicos mais aptos e flexíveis para produzirem soluções( respostas adaptativas) às situações-problemas ”provocadas” pela Natureza e pela Cultura.
O ser humano possuidor do cérebro que processa toda a informação, não vê, não ouve, nem percebe nada (apesar de estar rodeado e bombardeado constantemente por todos os estímulos sensoriais que o cercam), a menos que aquela informação sensorial tenha algum significado para ele. Somente diante daquilo que significa algo, a maquinária atencional do cérebro entra em atividade. É então que o cérebro se põe a trabalhar e processar a informação sensorial correspondente. Porém, se isto vai reverter em satisfação, felicidade, se vai semear idéias e frutificar em forma de ousadia, perspicácia, criatividade e sabedoria...bem isto é tema para outra dissertação!
Por enquanto agradeço a apreciação e até breve!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Viva com humor !

Planejamento de carreira diferenciado: você está preparado para isto?

Convido os leitores a um processo reflexivo sobre uma realidade cada vez mais latente em nosso dia a dia: o planejamento de carreira e inserção de pessoas com necessidades especiais, PNE's, no mercado de trabalho.
A inclusão é um processo pelo qual a sociedade se adapta para permitir a participação das pessoas em todos os seus setores, inclusive daquelas PNE's, e estas, por sua vez, necessitam se preparar para assumir seus papéis na sociedade. O acesso de PNE's ao mercado de trabalho é um dos aspectos do processo de inclusão, importante por proporcionar às pessoas condições para a satisfação de suas necessidades básicas, a valorização de si mesmas e o desenvolvimento de suas potencialidades.
O Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da sua Secretaria de Inspeção do Trabalho, elaborou um Manual " A Inclusão das Pessoas com Deficiencia no Mercado de Trabalho" com o objetivo de facilitar o cumprimento das normas contidas na Lei n° 8.213, de 24 de julho de 1991, especialmente a do seu art.93. Neste documento refere que " O processo de exclusão historicamente imposto às pessoas com deficiência deve ser superado por intermédio da implementação de políticas afirmativas e pela conscientização da sociedade acerca das potencialidades desses indivíduos". Vislumbrando esta promoção à inclusão a legislação estabeleceu a obrigatoriedade de as empresas com 100 ou mais empregados preencherem uma parcela de seus crgos com PNE's. A reserva legal de cargos é também conhecida como Lei de Cotas. Esta cota depende do número geral de empregados na seguinte proporção:
l- de 100 a 200 empregados.............................2%
ll- de 201 a 500 empregados.............................3%
lll-de 501 a 1000 empregados...........................4%
lV-de 1001 em diante.........................................5%
Porém, atualmente percebe-se a dificuldade que as empresas enfrentam em cumprir com a legislação vigente, pois não bastam as vagas estarem disponíveis, é imperativo que os candidatos a elas estejam capacitados a assumi-las.As empresas afirmam que o maior empecilho para isso é a baixa escolarização das PNE’s e sua baixa qualificação profissional. As instituições educacionais criticam os processos adotados pelas empresas na contratação de PNE’s, mas poucas oferecem escolarização para seus alunos, concentrando-se, em sua maioria, no desenvolvimento de habilidades básicas para o trabalho ou em capacitação profissional eventualmente diferente daquela exigida pelo mercado de trabalho.
Sugerimos a discussão sobre as contradições encontradas entre legislação, práticas educacionais e mercado de trabalho, no que diz respeito à inclusão. Aos poucos as instituições de ensino superior estão promovendo estas discussões e produzindo materiais de pesquisa sobre o mesmo, porém as demandas de ambos os interessados, empresas/PNE’s, refletem uma urgência por um debate mais acirrado. Precisamos ultrapassar o amadorismo e o “jeitinho” na hora de “encaixar” estas pessoas em atividades sub-laborais e pensar mais longe, possibilitando a estes, que planejem e vislumbrem uma carreira digna e qualificada.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

"Às vezes, para construir nosso futuro, é necessário rever nosso passado."

É assim que o Psicólogo Luiz Fernando Teixeira inicia sua "conversa" sobre planejamemento individual de carreira. Teixeira escreve sobre dúvidas, tomadas de decisão, transformação e a busca pelo sucesso. Mas afinal: O que é ter sucesso? Será que temos, relamente em nossas mãos, o poder de planejar e "plasmar" nosso futuro? Será que sabemos, realmente, o que queremos? Será que existe destino, sorte, azar ou até mesmo um componente genético para o sucesso?
Para quem quiser começar por estes questionamentos, sugiro pesquisa, desejo pelo saber e reflexão crítica.
Link para artigo de Luiz Teixeira :